Por Cláudio Munhoz
Quando tive a idéia de elaborar uma relação de livros de ficção que marcaram a minha vida, não imaginava a agitação que ela provocaria em meu espírito. Um pouco afastado, nos últimos tempos, de um hábito prazerosamente cultivado desde o limiar da adolescência, a simples evocação desses títulos e a recordação das emoções vividas ao longo de suas páginas fizeram despertar em mim o desejo de promover a abertura de uma temporada de releituras.
Em verdade, a composição dessa lista, colocada à disposição dos amigos leitores no nosso PONTO DE ENCONTRO, foi resultado de um exercício de memória, sem que houvesse, de minha parte, uma intenção deliberada de estabelecer qualquer critério de classificação. A rigor, cada título traz em si a energia que lhe é peculiar; e a expansão dessa energia define a extensão de seus limites no tempo e no espaço.
É interessante observar que nesse contexto particular de seleção o conceito universal de Clássico da Literatura se dilui em maior ou menor grau. Nesse sentido, o próprio leitor passa ter a prerrogativa de estabelecer novos parâmetros de conceituação do termo, tomando como referência os títulos por ele listados. E é essa condição especial de clássico, de caráter estritamente pessoal, que seduzirá o leitor a tirar da prateleira um desses livros, levando-o a empreender uma nova e fascinante viagem de exploração por terras anteriormente descobertas.
A releitura de um livro tem o poder mágico de produzir no leitor uma sensação singular, ao conduzi-lo por um caminho que ao mesmo tempo lhe oferece a perspectiva de dois mundos distintos, porém, caprichosamente sobrepostos: enquanto um preserva as impressões captadas no transcorrer da primeira incursão, o outro abre a possibilidade de se perfazer o mesmo percurso a partir de um ponto de vista diferente, determinado pelo acúmulo de experiências e vivências. Em ambos os casos, a motivação do leitor em reeditar sua aventura está na expectativa de um confronto entre as novas e as antigas emoções, ocasião que lhe permitirá avaliar com mais precisão seu próprio grau de evolução através dos anos. E é nessa conjugação de valores que a releitura proporcionará ao leitor uma fonte inesgotável de encantamento e prazer.
Quando tive a idéia de elaborar uma relação de livros de ficção que marcaram a minha vida, não imaginava a agitação que ela provocaria em meu espírito. Um pouco afastado, nos últimos tempos, de um hábito prazerosamente cultivado desde o limiar da adolescência, a simples evocação desses títulos e a recordação das emoções vividas ao longo de suas páginas fizeram despertar em mim o desejo de promover a abertura de uma temporada de releituras.
Em verdade, a composição dessa lista, colocada à disposição dos amigos leitores no nosso PONTO DE ENCONTRO, foi resultado de um exercício de memória, sem que houvesse, de minha parte, uma intenção deliberada de estabelecer qualquer critério de classificação. A rigor, cada título traz em si a energia que lhe é peculiar; e a expansão dessa energia define a extensão de seus limites no tempo e no espaço.
É interessante observar que nesse contexto particular de seleção o conceito universal de Clássico da Literatura se dilui em maior ou menor grau. Nesse sentido, o próprio leitor passa ter a prerrogativa de estabelecer novos parâmetros de conceituação do termo, tomando como referência os títulos por ele listados. E é essa condição especial de clássico, de caráter estritamente pessoal, que seduzirá o leitor a tirar da prateleira um desses livros, levando-o a empreender uma nova e fascinante viagem de exploração por terras anteriormente descobertas.
A releitura de um livro tem o poder mágico de produzir no leitor uma sensação singular, ao conduzi-lo por um caminho que ao mesmo tempo lhe oferece a perspectiva de dois mundos distintos, porém, caprichosamente sobrepostos: enquanto um preserva as impressões captadas no transcorrer da primeira incursão, o outro abre a possibilidade de se perfazer o mesmo percurso a partir de um ponto de vista diferente, determinado pelo acúmulo de experiências e vivências. Em ambos os casos, a motivação do leitor em reeditar sua aventura está na expectativa de um confronto entre as novas e as antigas emoções, ocasião que lhe permitirá avaliar com mais precisão seu próprio grau de evolução através dos anos. E é nessa conjugação de valores que a releitura proporcionará ao leitor uma fonte inesgotável de encantamento e prazer.