IMPRESSÕES À BEIRA-MAR
Por Cláudio Munhoz
Passeio à beira-mar... O calor é intenso; mas uma brisa fresca, a soprar com suave constância, cuida para harmonizar meu espírito com o clima de uma tarde ensolarada típica de verão. Sigo pelo calçadão de Ipanema com a alma liberta, em direção ao Arpoador. Atrás de mim, o Sol faz projetar no cenário adiante um espetáculo vívido de formas, contornos e cores.
A poucos metros das pedras do Arpoador, busco uma sombra e sento-me à mesa de um quiosque. Entre um gole e outro de água de coco, ofereço um brinde à exuberante paisagem que se abre diante de mim. Meus olhos, em vôos sem planos prévios, perdem-se nas lonjuras de alto-mar, onde o céu e o oceano simulam um encontro e uma certa lembrança me excita o pensamento. E o tempo passa ao largo, disperso, como se a mim não pertencesse, e nem dele tomasse parte.
Cai a tarde. E o Sol, a deslizar lentamente por detrás da montanha, põe-se a pintar no afresco celeste abrasadores matizes do arrebol vespertino, como que a reproduzir as rúbidas nuanças da imagem fúlgida e adorada que trago na memória. Uma lágrima solitária e quente escorre, e deixa em meu rosto um salso rastro de encantamento. Arte, beleza, êxtase... Impressões que desnudam a poesia pulsante da Natureza.
Por Cláudio Munhoz
Passeio à beira-mar... O calor é intenso; mas uma brisa fresca, a soprar com suave constância, cuida para harmonizar meu espírito com o clima de uma tarde ensolarada típica de verão. Sigo pelo calçadão de Ipanema com a alma liberta, em direção ao Arpoador. Atrás de mim, o Sol faz projetar no cenário adiante um espetáculo vívido de formas, contornos e cores.
A poucos metros das pedras do Arpoador, busco uma sombra e sento-me à mesa de um quiosque. Entre um gole e outro de água de coco, ofereço um brinde à exuberante paisagem que se abre diante de mim. Meus olhos, em vôos sem planos prévios, perdem-se nas lonjuras de alto-mar, onde o céu e o oceano simulam um encontro e uma certa lembrança me excita o pensamento. E o tempo passa ao largo, disperso, como se a mim não pertencesse, e nem dele tomasse parte.
Cai a tarde. E o Sol, a deslizar lentamente por detrás da montanha, põe-se a pintar no afresco celeste abrasadores matizes do arrebol vespertino, como que a reproduzir as rúbidas nuanças da imagem fúlgida e adorada que trago na memória. Uma lágrima solitária e quente escorre, e deixa em meu rosto um salso rastro de encantamento. Arte, beleza, êxtase... Impressões que desnudam a poesia pulsante da Natureza.